Tempo chuvoso não tirou foco dos pescadores que garantiram que a “maré estava para peixe sim”

Pescadores profissionais e amadores participaram da quarta etapa do Circuito de Pesca Esportiva de Maricá neste domingo (04/09). A programação, na Praia de Itaipuaçu, na altura da Rua 149, foi criada dentro do projeto de Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico. O evento é realizado pela Coordenadoria de Pesca Esportiva e Amadora, em parceria com a Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) e com as secretarias de Promoção e Projetos Especiais, Turismo e Esporte e Lazer. Os participantes ainda puderam comemorar as premiações ao som do show musical do artista local Baby do Cavaco.

As cem duplas inscritas disputaram as categorias geral, feminina, master e juvenil. O grupo responsável pela edição foi o “Pescadores de Elite”, que ficaram como responsáveis pelo registro da pontuação acumulada pelas capturas feitas, premiações, além da fiscalização geral do evento. Cada unidade de peixe capturado valeu dois pontos. Soma-se a isso, um ponto a cada dez gramas. E no final, quem capturar mais quantidades e com o maior peso, ganha a disputa. Cada competidor teve direito a apenas um caniço.

“O mar esteve muito para peixe e graças a Deus fomos abençoados num dia em que até pensamos na possibilidade de cancelar o evento por conta do tempo instável, mas a gente conseguiu reajustar o horário e todos compreenderam. As inscrições dessa etapa foram surpreendentes, em menos de 24 horas todas as vagas estavam preenchidas e ainda fizemos lista de espera”, comentou.

Não é história de pescador

O circuito recebe pescadores de todo o estado, como Wilton Pontes Eloy, do grupo GAP – Grupo de Amantes da Pesca, que há 60 anos tem contato com a pesca. Ele é morador de Botafogo e veio se hospedar na cidade como outros pescadores entre os 200 inscritos.

“Tenho 73 anos e desde criança meu avô me levava para pescar e eu peguei esse gosto. Participo desse circuito de pescaria de Maricá, que tem sido muito bem feito: tudo programado e um aproveitamento bom dos pescadores na praia. Acho que é um tipo de evento que tem a crescer porque mais adeptos virão para a cidade para participar dessa prática esportiva”, ressaltou Wilton.

Representando a categoria feminina, a pescadora Magali Garcia, de 70 anos, conta que a pescaria é mais que um esporte para ela, que é filha de pescador e também costumava pescar com seu esposo. “No nosso grupo eu fui a primeira mulher a atuar como participante das competições em seguida muitas outras chegaram e isso me deixa muito feliz. Uma incentiva a outra e neste circuito somos quatro duplas pelo grupo ‘Amigos e Pesca’”, comentou.

Etapas e fiscalizações

Cada unidade de peixe capturado valia dois pontos. Soma-se a isso, um ponto a cada dez gramas. E no final, quem capturar mais quantidades e com o maior peso, ganha a disputa. Cada competidor teve direito a apenas um caniço. O circuito respeita todas as recomendações, de medidas mínimas de captura, sistematizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os peixes devem ter o tamanho mínimo de 15 centímetros independentemente da espécie. Todos os participantes devem possuir obrigatoriamente a carteira de pescadores amadores para praticarem as modalidades.

Os peixes fisgados pelos competidores são entregues à Coordenadoria de Assuntos Religiosos, responsável pela distribuição do pescado a centros terapêuticos e igrejas, além dos alimentos não perecíveis arrecadados solicitados na inscrição.

“As etapas são realizadas por uma das equipes de pesca da região de Maricá junto a coordenadoria de pesca. Após as seis etapas, acontece a final, que tem a previsão de ser no final de novembro”, completou o representante da Coordenadoria de Pesca Amadora e Esportiva Anderson Souza, Rafael Costa, ao lado do responsável pelos fiscais da competição.